quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Prós e contras das Olimpíadas Rio 2016


Por André Schmidt

Ainda falta muito para a Copa de 2014, no Brasil, e para as Olimpíadas 2016, mas estes antigos sonhos do brasileiro continuam provocando debates entre a população. O Rio de Janeiro, que será sede dos dois eventos, receberá verbas federais para uma melhor estruturação da cidade. Apesar das futuras melhorias, ainda há quem não olhe com bons olhos o evento. Se formos considerar hoje a capacidade do Rio para comportar uma Olimpíada, com certeza veremos imensas falhas estruturais que inviabilizariam o acontecimento, porém, a expectativa na melhora dos setores básico da sociedade é grande. O investimento na cidade, se feito de forma séria, sem dúvidas dará uma nova cara a Cidade Maravilhosa, mas não adianta construir e não preservar. O grande medo da população não é o crescimento e muito menos as mudanças, mas sim a falta de confiança nos homens que hoje ocupam o poder e irão gerir toda esta verba destinada as melhorias. Volto a repetir, não há dúvidas que a cidade passará por uma nova reestruturação, mas o temor é que todo este dinheiro gasto se transforme num nada para o futuro e a herança deixada seja negativa, como a do Pan, com estruturas abandonadas, sem manutenção e com nenhuma utilidade, hoje, para o carioca. Confesso achar uma ótima idéia a realização de eventos em nosso país e, principalmente, no Rio de Janeiro, para mostrarmos a todo o mundo a nossa força, a nossa beleza e nossa capacidade de produzir. Mas para isso é necessário estrutura e pessoas disposta a produzir para a cidade, para o estado e todo o país. Pessoas que queiram realmente deixar uma boa herança à população pós Copa e Olimpíadas, e não meras recordações enferrujadas e sem uso de um evento já realizado. Na minha opinião, tomamos o caminho inverso. Deveríamos apoiar as Olimpíadas por já termos uma estrutura básica que dê sustento a população carioca e não argumentar que os Jogos é que trarão este crescimento. As obras deveríam ser realizadas para o nosso povo e não porque ingleses, americanos, alemães, e outros, irão aportar por nossas terras. É como aquela velha expressão: "fazemos para inglês ver". Infelizmente, só poderemos fazer um balanço negativo ou positivo destes eventos após 2016... Eu acredito!

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