quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A arte do extraordinário

Por André Schmidt

Um tema cada vez mais frequente nos debates e nos fóruns mundiais é a luta para salvar o Meio Ambiente e as diversas formas de sustentabilidade. Novas formas de utilizar a obra-prima oferecida pela natureza sem que a mesma sofra com os efeitos de seu uso são discutidos em cada seminário, porém, o que se vê é o total descaso e falta de fiscalização sobre os que vivem deste meio. Uma das formas de compensar esta utilização, ainda que controlada, é gerar materiais a partir de coisas dispensáveis, como é o caso da reciclagem. Isto pode ser chamado de extraordinário: a arte de transformar o ordinário, o dispensável, em algo realmente utilizável. Um dos projetos que demonstram bem esta habilidade pode ser visto no lixão de Pedro do Rio, em Petrópolis. Em 2005, o então secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da cidade, Almir Schmidt, criou um projeto de utilização do gás metano emitido pelos resíduos do local para a geração de energia elétrica. O mecanismo, ainda que de pequeno porte, passou a ser o gerador de energia do próprio depósito, reduzindo a poluição emitida à atmosfera e ainda produzindo algo útil para o local. Porém, apesar do projeto estar montado, nenhuma autoridade municial ou estadual deu continuidade ao programa que tem uma capacidade muito maior, tanto de geração de energia quanto de redução de gases emitidos. Eis que voltemos a questão inicial: as coisas não fluem por falta de boas idéias ou por má vontade das autoridades hoje no governo?

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